Campo Grande (MS) – Desde o início da gestão do governador Reinaldo Azambuja, a linha de trabalho foi de reduzir o gasto da sociedade com o governo e, ao mesmo tempo, aumentar as entregas do governo para a sociedade. Nesse sentido, ao enxugar a estrutura da máquina administrativa, uma das providências foi juntar desenvolvimento e meio ambiente na mesma secretaria, colocando juntos dois setores que não são incompatíveis, mas sim complementares.
A afirmação é do secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, durante abertura do II Simpósio Internacional sobre Gases de Efeito Estufa na Agropecuária (SIGEE), realizada no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, na noite desta terça-feira (7). Riedel, que também exerce o cargo de diretor Financeiro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), representou o governador Reinaldo Azambuja no evento que traz ao Estado alguns dos principais expoentes em âmbito global quando o assunto é preservação de meio ambiente.
O secretário destacou que a criação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade) é reflexo da visão do governo em relação à sintonia que devem ter as duas áreas. “Estamos quebrando um paradigma e quebrando um falso antagonismo em relação ao desenvolvimento e meio ambiente”, afirmou.
A realização do simpósio, destacou o dirigente, contribui na concretização do que o governo estadual considerada vital: a sustentabilidade pode ancorar o desenvolvimento. “Temos um ativo de produção fantástica que representa R$ 36 bilhões em carteira de investimento na indústria do agronegócio, em setores como a celulose, bovino, frangos, suínos, indicando nossa base primária de produção”, valorizou.
Em seu pronunciamento, o secretário destacou ainda o programa Terra Boa, de responsabilidade da Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf). Lançado em março deste ano, prevê incentivos fiscais ao produtor com objetivo de recuperar cerca de dois milhões de hectares de pastagens degradadas. A iniciativa se insere no projeto MS Carbono Neutro, a partir do propósito do governo do estado de destacar Mato Grosso do Sul em âmbito nacional por um conjunto de ações de mitigação da emissão de carbono.
A abertura do evento reuniu aproximadamente 700 pessoas, entre lideranças rurais, políticas, produtores, pesquisadores e profissionais do setor. O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Junior, defendeu a contribuição do setor primário, aliando altos índices produtivos com preservação ambiental. “A agropecuária é a solução e não vilã do desenvolvimento sustentável”, afirmou.
O presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, enfatizou o esforço do setor produtivo para unir produção e inovação tecnológica. “Mato Grosso do Sul é privilegiado devido à condição do solo e clima. Além disso, é beneficiado por ter três Embrapas e duas Fundações Fundação MS e Fundação Chapadão, o que aumenta a produção e produtividade do setor, diante do trabalho desenvolvido pela comunidade científica. E o terceiro pilar do setor é o produtor rural, com seu perfil empreendedor”, disse Saito.
O projeto MS Carbono Neutro foi apresentado na abertura do SIGEE pelo superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação de MS, Renato Roscoe, em mesa redonda que contou com a participação do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, e do integrante do Fórum do Futuro e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli.
O II Simpósio Internacional sobre Gases de Efeito Estufa na Agropecuária vai até esta quinta-feira (9) e é realizado pela Embrapa e pelo Sistema Famasul, com apoio do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de MS (Fundect).
Rosane Amadori – Subsecretaria de Comunicação/Segov, com informações da Assessoria de Imprensa Famasul
Fotos: João Carlos Castro/Famasul