Segundo Ana Carolina Nardes, mulheres foram para a vida pública, mas não deixaram a vida privada
Lá se vão de 92 anos desde que as mulheres conquistaram o direito ao voto. Já tivemos uma representante na presidência da República, como ministras no Supremo Tribunal Federal, deputadas e senadoras. Mas a participação feminina na sociedade ainda é tímida comparada ao espaço ocupado pelos homens. A secretária adjunta de Governo Ana Carolina Nardes conversou com os jornalistas Pedrinho Spina e Keliana Fernandes sobre a luta das mulheres por igualdade de direitos e o papel do Governo do Estado no enfrentamento as questões de gênero, na edição desta terça-feira (13) do programa “Capital Meio Dia”.
Conforme Ana, são muitos os fatores que contribuem para essa sub-representação, como a cultura patriarcal enraizada, a violência de gênero e a persistência de estereótipos que deslegitimam a atuação feminina tanto no mercado de trabalho quanto nas esferas públicas. Além disso, a falta das redes de apoio torna os desafios ainda maiores para mulheres que desejam se lançar em carreiras de liderança.
“É muito importante que continuemos a promover políticas públicas que incentivem a igualdade de gênero, como programas de capacitação e mentoria para mulheres. A transformação dessa realidade exige um esforço coletivo, não apenas das mulheres, mas de toda a sociedade, para que possamos construir um futuro mais igualitário e representativo”.
Ana também argumentou que quando as mulheres estão presentes em posições de liderança, elas podem influenciar políticas e práticas que afetam suas vidas e as vidas de outras mulheres. Isso inclui questões como saúde, educação, direitos trabalhistas, igualdade salarial e combate à violência de gênero. Além disso, a presença feminina em cargos de liderança desafia estereótipos e inspira futuras gerações.
“É essencial que as mulheres ocupem espaços e cargos de liderança, não apenas para representar suas próprias pautas, mas também para promover uma diversidade de perspectivas que enriquece a tomada de decisão em todos os âmbitos da vida pública e privada”.
A secretária lembrou que Mato Grosso do Sul é um estado pioneiro na defesa dos direitos das mulheres (O primeiro organismo de políticas para mulheres foi criado em janeiro/1999, como “Coordenadoria Especial de Políticas para Mulheres) e desde 2015 existe como “Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres”.
O Governo de Mato Grosso do Sul tem assumido um papel fundamental na redução das desigualdades de gênero, sociais, econômicas e regionais no Estado. Sobre esses assuntos, a secretária destacou que a Gestão Estadual está engajada em diversas ações e políticas públicas que visam promover oportunidades para todos os cidadãos, homens e mulheres.
“É importante que a sociedade como um todo se mobilize para apoiar essa mudança conceituais, promovendo ambientes inclusivos e garantindo que as vozes femininas sejam ouvidas e respeitadas. Isso envolve desde a educação e conscientização sobre igualdade de gênero até a criação de políticas que incentivem a participação feminina em todas as esferas”.
Alexsandro Nogueira – assessoria de Comunicação da Segov